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A grande troca.O amor necessariamente preciso. Preciso no tempo, na hora e em cada segundo no lugar exacto.O estranho momento da consolidação de posições, onde quem é dono do quê sem qualquer vontade de explorar a razão.O riso desmedido, tão familiar e compreendido.O segundo do abraço e o segundo da ira ou do cansaço.O aborrecimento da atenção , das placas de sinalização pré-programadas, contudo a alegria do acordar e sentir matéria viva, verdadeira , compactuada com o meu corpo em sintonia perfeita....A hora do saudosismo, o pertencer não sendo, o recordar as rosas do jardim, o esquecer as taças e os copos de cristal e o partir consciente não para a próxima estação, coberta de desejo , de outros cheiros alheios, mais cores , a fuga do mesmo; mas sim de um novo ano, cheio de todas as que realmente existem, sem preconceito, sem medo do frio ou pavor do calor, aberto a todas as nuances que o céu possa oferecer, convidando-nos levemente a festejar o mais puro sentimento.Melhor que tudo, é a abolição ao egoísmo, tudo em breve é uno porque a partilha assim o exige. A cumplicidade será o trunfo, o Às será a verdade e sem limites ou barreiras, partir seguro do que se procura não procurando nada , mas sim fluindo .Somente Sendo e Sendo e sonhando livre criando numa folha o devaneio do meu coração, aberta a todas as formas, a todos os gritos, ao termómetro da vida ao meu pedaço de laranja.