Tudo é compreensível. Não existe nada que não tenha um ponto de vista, pelo menos uma explicação. Naturalmente existem momentos ou formas de expressão que à priori seriam incompreensíveis, mas não é verdade, tudo tem de facto uma justificação. Mas não me perguntem porquê ou como, eu não saberia responder, também me revoltam as guerras, a fome, a violência desmedida, a pedofilia e por aí além, no entanto, mesmo sem consentir, eu compreendo que hajam porquês que expliquem o que os faz agir assim.Distúrbios psicológicos, certamente vindos daquilo que os condicionou, da forma como lidaram relativamente à sua educação em casa, na escola, ou vítimas de algum abuso que os manteve em silêncio. Sintomas de pânico , necessidade de fuga, necessidade de poder, frustração, etc.A verdade é que tudo tem uma razão e mais uma vez, mantendo a minha linha inicial - tudo é como tudo - tudo provém da natureza, tudo é equiparado com o que acontece na natureza, tudo é natureza.Contudo, não digo jamais que consinto, e neste ponto de vista, compreender não é ceder, interiorizar, tomar para mim, justificar sentindo, nem nada que se pareça com tal. Compreender aqui, significa apenas procurar origens, tentar entender as razões que levaram a todos os actos que mesmo sem saber-mos, no meio da nossa moralidade ou pragmatismo, podemos estar a contribuir para que mais um ditador evolua no seu poder amargo, para que mais um pedófilo se sinta comprometido com o seu pedido de ajuda, para que um frustrado sinta a necessidade de corromper os seus valores ou mesmo até para que os nosso actuais ou futuros filhos possam vir o próximo "terrorista" da nossa vizinhança.Por isso, um grande não ao moralismo, ao pragmatismo e às pessoas que nunca conseguem ser flexíveis.