O RETIRO
Hoje senti-me cansada. Por vezes acontece-me e mantenho silêncio como se nada se passasse. Abro os olhos, mantenho-me quente, quase estática e concentro-me em pequenos pormenores que habitualmente não dou a menor importância. Sabe-me bem desfrutar destes momentos.
Quem está à minha volta nada compreende, por vezes percebo que me julgam entre dentes ou ideias. É muito fácil julgar - e sorrio discretamente. A única evidencia é o meu silêncio, nem sequer me surgem palavras, fico completamente afastada do momento. Imagino que isso não seja bom, mas sinto que preciso dessa forma de estar.
Ultimamente falo muito em mim, aliás, penso muito em mim, falo para mim mesma e tento esclarecer dúvidas e superar os meus fracassos, no entanto, não consigo falar com ninguém. Da minha boca não se faz uma palavra, apenas sorrisos toscos e sem propósito. A verdade é que começa a parecer-me uma história interminável e confesso que estou muito sensível a gestos alheios. Seja como for, este comportamento não invalida a minha pessoa e mensagem de vida, por isso sou a mesma e nada muda. Espero.
- Tela de Kristrinah Ayala - Cliquem no link acima
1 Comentários:
Olá Eugênia, tudo bem?
Sou brasileiro e, ao procurar no google imagens relacionadas à expressão "não pertencer", acabei encontrando o seu blog (a imagem em questão tem a legenda: Tenho sede e não consigo respirar).
Ao procurar a imagem citada, acabei lendo várias coisas que vc escreveu e me identifiquei muito. Percebi, também, que há muitos meses vc não escreve nada. Cansou? Procure retomar! Seus textos são ótimos.
Um abraço,
Alfredo Caseiro
http://blogdocaseiro.zip.net/
alfredo.caseiro@terra.com.br
20:30
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