Porque tudo é como tudo. A Natureza já expôs toda a sua matéria mutável - Cabe a nós explorar, agir, ganhar coragem e combinar os seus números para novas equações. No entanto, acredito genuinamente que a natureza tem resposta para todas as dúvidas e incertezas. - Não existe segredo -

sexta-feira, setembro 01, 2006

O nosso sitema - Até que ponto?

O nosso sistema não é apenas o sistema político, social ou familiar a que somos diariamente obrigados a fazer parte. O nosso sistema é também a forma como correspondemos aquilo que por bem ou por mal idealizamos para as nossas vidas singulares; Ou seja, é a forma como defendemos as nossas crenças, neste caso, no nosso mais íntimo.Mesmo em mim, principalmente em mim, vejo certos "descuidos" que aparentemente parecem irrelevantes mas que no entanto, reflectem a minha falta de valorização relativamente às minhas "fés" - crenças - ideologias.Então eu penso: - Até que ponto? - Até que ponto considero aceitável fechar de vez em quando os olhos para as minhas regras, serei eu anarquista no meu próprio sistema? Lembro algumas situações caricatas, simples mas nunca irrelevantes.- Por exemplo, deixei de fumar há já alguns meses, no início, portei-me bem, comia doces que me fartava, mas consegui. Depois ( pouco depois), sempre que saía para beber um copo...lá me apanhava com um cigarro na boca. Agora, encontro-me numa situação em que me apetece ir a um bar para puder fumar um cigarro, um vício sustenta o outro. - O quê que aconteceu aqui? - Eu manipulei o meu cérebro de uma maneira estúpida, aliás duas vezes estúpida."Deixei" de fumar por questões de saúde, porque é tóxico e porque detesto a indústria tabaqueira, no entanto, cedi tão hipocritamente a este capricho. Lá está.- A alimentação por exemplo. Deixei de comer carne por várias razões. Eu estou aberta a ideias e consciencializações e comecei a dar mais valor à matéria animal, aos seus comportamentos, ao seu afecto, ternura e por aí além, então a carne que comia começou a saber-me mal, mastigar um bife de vaca passou a ser complicado demais, era como se estivesse a comer um pedaço de mim, basicamente comecei a ver a carne como uma coisa global, sem distinções entre espécies e à medida que me fui informando relativamente ao tratamento dos "animais para consumo", pior foi ficando o meu apetite, então creio que começou a tornar-se uma coisa bem consistente e que aconteceu por um processo natural. No entanto, continuei a comer peixe e agora, passado algum tempo, cheguei a um ponto em que peço ao meu cérebro para que aceite o peixe.... é simplesmente ridículo! Porquê ceder em parte? Comodismo nas crenças? Porque não aproveitar um momento de repulsa para negar certos hábitos? Porquê levar as coisas à exaustão?- Enfim, Agora vão me ocorrendo algumas ideias vagas, mas é um ponto interessante e creio que apesar de simples, não são irrelevantes e não podemos deixar que o comodismo possa habitar os valores e os princípios.Exponham as vossas experiências, pode ser que cheguemos a um consenso.