Foi de longe difícil olhar aquela criatura impávida. Qual seria realmente a minha função naquele momento? Seria suficiente e propositada toda a informação que recebera nos últimos tempos? Teria de facto de haver um propósito?! Qual o sentido ? Qual o motivo.Afinal de contas, tanto tínhamos de igual. O carinho, o afecto, o desejo mais forte. Seus olhos pareciam desespero e a vontade ao seu lado parecia pequena. Eu não falei, mas não lhe faltou compreensão para decifrar o meu amor e por isso perseguiu-me. Tentei ignorar , mas só depois reparei que essa é apenas a minha linguagem. No seu mundo linguístico não sobrevivem palavras, apenas sentidos. Emoção tão pouco planeada que me apanhou tão facilmente.o corpo era magro e talvez isso me tenha influenciado um pouco mais, contudo, tentando ainda discernir e convencer-me da minha posição no mundo físico, limitei-me a correr por pura cobardia. Chegando à porta do meu prédio, engoli a seco e esperei que em breve o meu coração se consolasse, tentando ainda arranjar uma maneira de enfrentar a minha atitude que seja qual for a razão, nunca seria suficiente.

À procura do meu Feng Shui

Finalmente voltei, com um empurrãozinho :)Nestes últimos tempos tenho aprendido muita coisa e julgo ter começado a criar o meu Feng shui, a minha harmonia.É bastante importante equilibrarmos todos os factores que nos rodeiam. Desde os cheiros até às formas. As cores, os tamanhos, acima de tudo a importância que lhes damos , o valor que nos permitimos dar para da mesma forma recebermos.Um amigo meu dizia e dizia muito bem, " Equilibrio não é estar no meio é saber passar de uma ponta para a outra" e com isto construi uma das minhas leis básicas, pela qual me harmonizo.Para os que não sabem, Feng significa vento e shui , água. Portanto, deixem que estes simbioticos factores vos explorem e deixem-se consumir por eles totalmente. A recompensa será enorme.Hoje em dia, é difícil haver um equilibrio na sociedade em que vivemos , têm de persistir um maior esforço de cada um . Esforço esse maioritariamente sexual, deitar a baixo um pouco da repressão já fecundada no nosso sangue. Vivemos numa sociedade patriarcal, onde não existem igualdades e dessa forma a única coisa que temos a fazer é lutar. Útopia ou não, não sei, compreendo apenas que o 0 é o portal e o 1, o começo de tudo. A maior das guerras começa dentro de cada um.